quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Educação Infantil: O que muda na educação infantil após a implementação da BNCC?

  

    A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na educação infantil é uma série de competências reunidas que os alunos da creche e da pré-escola devem ter ao finalizar essas respectivas etapas. Esse documento torna uniforme o ensino público e privado e busca uma maior qualidade no compartilhamento do conhecimento.
   A BNCC foi votada em dezembro de 2017 e as escolas têm até 2020 para acatarem as medidas. Desde 2015 estão sendo pensadas as bases para a educação, ou seja, formas de demarcar a evolução do conhecimento dos alunos por meio de etapas a serem transpostas de maneira uniforme em todo o país.
  Sendo assim, é importante analisar o que muda, o que permanece e o que deve ser ensinado aos alunos na educação infantil. Portanto, preparamos este post para que você possa se informar melhor sobre o assunto. Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre a alteração da BNCC na educação infantil!

Alfabetização até o segundo ano

   Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, a medida busca deixar a educação mais igualitária e que todos os alunos possam estar no mesmo nível básico de ensino. Anteriormente, a alfabetização era prevista até o terceiro ano e agora a previsão para se ter alunos alfabetizados é mais restrita.
   A medida tem dividido pais, professores e alunos que defendem que o processo de aprendizado varia de criança para criança e deve ser respeitado como um direito à infância e aos processos naturais de apreensão do mundo.

Preferência dada às ciências exatas

    A BNCC na educação infantil prevê um fortalecimento das ciências duras em relação às humanas. Os alunos serão incentivados a estudar tabelas, gráficos e a criar bancos de dados, deixando de lado as disciplinas que promovem a análise e a visão crítica do mundo em que vivem.
    Nesse contexto, o estudo de história, por exemplo, passará a ser em ordem cronológica dos fatos, em vez de ser trabalhado enquanto processos sociais interconectados. Além disso, o ensino religioso tornou-se optativo e não obrigatório, e cada escola poderá escolher inseri-lo ou não em seus currículos.

Questões de gênero

    Discussões acerca de “identidade de gênero” e “orientação sexual” foram excluídas do currículo. Ainda que o MEC se mostre aberto a discussões acerca das pluralidades identitárias e aos discursos acerca da alteridade, pautas sobre gênero foram excluídas do currículo. Trata-se de uma das mudanças mais controversas da BNCC de acordo com grande parte das equipes escolares.

Competências a serem desenvolvidas

   O MEC propôs dez competências e serem desenvolvidas pelos alunos da educação infantil. Entre elas estão: a valorização e utilização correta dos conhecimentos construídos em sala de aula no entendimento da realidade compartilhada; o livre exercício da curiosidade intelectual na abordagem científica; o desenvolvimento de um senso estético que permita o reconhecimento, a valorização e a fruição de manifestações culturais diversas.
    As abordagens também preveem a utilização de conhecimentos de linguagem, sejam eles orais, escritos ou em Libras, corporais, artísticos, tecnológicos, entre outros, no direito de expressão pessoal; além de promover a utilização das tecnologias e meios de comunicação de forma crítica, reflexiva e ética.
   É importante lembrar que a BNCC na educação infantil deve ser instituída nas escolas públicas e privadas até o ano de 2020.

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